Vibra Energia: Barganha ou Armadilha? OPA da Aramco e Travas de Alta em Foco
A Vibra Energia (VBBR3) está no radar dos investidores, mas será que o P/L de 3.24 é uma oportunidade real? Nesta análise, exploramos os resultados do quarto trimestre de 2024, fundamentos operacionais, a especulação de uma OPA pela Saudi Aramco e as travas de alta no mercado de opções, possivelmente ligadas à SPX Gestão de Recursos. Abaixo, você irá encontrar:
- Resultados financeiros recentes
- Fundamentos e desafios operacionais
- Histórico da empresa
- Especulação de OPA pela Saudi Aramco
- Travas de alta no mercado de opções
Boa leitura!
Desempenho Recente: Queda de 20% e Lucro do 4T24
A ação da Vibra caiu 20% em 12 meses, de 26 reais para menos de 17 reais. Com um P/L de 2.0, parece barata, mas o P/L recorrente é menos atrativo. No terceiro trimestre de 2024, a empresa lucrou 4.2 bilhões de reais, com 3 bilhões de reais de recuperação tributária. Já no quarto trimestre de 2024, o lucro líquido foi de 510 milhões de reais, uma queda de 84.5% ante os 3.3 bilhões de reais do quarto trimestre de 2023, que incluíam 2.6 bilhões de reais em ganhos tributários. O EBITDA ajustado caiu 43.9%, para 1.3 bilhão de reais, mas a receita líquida ajustada subiu 1.4%, para 44.45 bilhões de reais. A Vibra anunciou 350 milhões de reais em juros sobre capital próprio, a serem pagos em 2026.
Fundamentos Sólidos, Mas com Desafios
A Vibra abastece 8 mil postos no Brasil, atende 80 das 100 maiores empresas e fornece 30 milhões de litros de combustível por mês. Lidera com 31% dos postos bandeirados e 44.4% dos combustíveis aditivados. Suas 1300 lojas BR Mania faturaram 840 milhões de reais no primeiro semestre, projetando 1.5 bilhão de reais por ano. A margem EBITDA ajustada, de 175 reais por metro cúbico, é uma das melhores do setor. Apesar disso, perdeu um pouco de participação de mercado, com o total de postos no Brasil subindo para 25.4 mil.
Histórico: De Estatal a Corporation
Antiga BR Distribuidora, a Vibra era estatal até o IPO em 2017. A Petrobras saiu completamente em 2021, transformando-a em uma corporation sem controlador, o que muitos veem como positivo. Desde 2020, a ação caiu 42% do pico, mas a empresa expandiu operações e controlou dívida, ficando mais barata que em 2019.
OPA da Saudi Aramco e Travas de Alta
A Saudi Aramco está adquirindo redes de postos pelo mundo, como a Esmax, no Chile, em 2023, e a Primax, com 2 mil postos no Peru, Colômbia e Equador, por 3.5 bilhões de dólares – cerca de 20 bilhões de reais. Com a Vibra valendo 20 bilhões de reais após cair 30%, ela é um alvo estratégico, sem controlador majoritário. Uma OPA enfrentaria a cláusula de poison pill, exigindo oferta por 100% das ações se alguém passar de 25%. É especulação, mas agita o mercado.
No mercado de opções, a Tullett Prebon montou travas de alta para o strike F da Vibra, sinalizando que um grande player aposta na valorização. Esse player pode ou não ser a SPX Gestão de Recursos, que, em abril de 2025, reportou 6.26% da empresa, com 70 milhões de ações, sendo 44.8 milhões via aluguel e 9.5 milhões em derivativos. Fontes indicam que a SPX alugou ações para buscar assentos no conselho, visando maior influência na governança.
As travas de alta, ou call spreads, lucram com a alta da ação. Exemplo: comprar uma call a 18 reais e vender outra a 22 reais. Se a ação atingir 22 reais, o lucro é de cerca de 4 reais por ação, menos o custo. Mas, se ficar abaixo de 18 reais até o vencimento, as calls expiram sem valor, e a perda é o prêmio pago, de alguns centavos por ação. O strike F, entre 18 e 20 reais, sugere alta moderada, talvez por uma OPA ou recuperação. Essas operações mostram que grandes players veem potencial na Vibra.
O que acham? A Vibra está barata ou o mercado está certo em ser cauteloso? E a OPA, vem ou não? Deixem seus comentários! Valeu e até o próximo!